terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sobre sonhos e Despedidas.






Acordo de um sonho que na verdade não acordei. Vejo vultos, figuras desbotadas. Olho para os lados e não encontro um lugar que conheça. Tudo é novo: novas ruas; novos endereços; árvores novas em calçadas que nunca vi antes. Olhos para todos os lados, aturdido, e noto logo a minha frente alguma coisa singular nesse mundo de novidades.

Um quarto escuro, sem casa, somente o quarto. Camisetas pretas penduradas em um ventilador. Poeira pelo chão, e uma caixa de sapatos cheia de fitas K-7. Aproximo-me mais, e quando chego muito perto dou de cara com um quadro em uma parede. Mas parece tão real.
Ando por esse lugar e nada conheço. Nada neste lugar me é familiar. Tento procurar uma saída, achar um jeito de voltar pra realidade, e de novo encontro um quadro. Neste há outro quarto. Paredes pintadas, escritos de poemas e caveiras. Há um guarda roupas com uma rosa desenhada na porta. E isso de algum modo reaviva minha memória. Agora acho que já sei pra onde ir.

As coisas desbotadas começam a ficar nítidas, vejo livros, espalhados pelo chão, vejo a felicidade resplandecendo aos poucos em cada sorriso largo; Nome de uma flor que inventei.
Vejo almoços em família, vejo comemorações, vejo cumplicidade. E vejo novas vidas nascerem e junto com elas um brilho que não tem explicação. Um rompante de felicidade que enche o coração, e noutro minuto, eu sei onde estou.

Estou me despedindo de um casal de amigos. Que iniciaram nova vida e me deixaram suas lembranças, mas antes que o sonho acabe eu ainda vejo uma espada fincada. Ela brilha, chego mais perto e vejo que na verdade, não é ela que brilha, mas são dois pontos luminosos que estão ligados por ela.

You gone, but we will always have a bond of friendship, and Francisco to let us together. Thanks!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Across the Universe



Ela me olha, sei que nota cada movimento que eu faço.
Me copia em segredo.
Observa minha boca, meu jeito de falar.

Quando faz algo errado, os olhos se derretem em tristeza.
Mas ela não resiste.
Não, não pode resistir ao ver meu sorriso, ela sempre sorri.


Quando desenha, inventa um mundo com cores e gente estranha.
Maria sangrenta, animais absurdos, casa dos sonhos. Um mundo novo e lindo.
Tem um amor que eu não acredito que seja possível a pessoas comuns.
Pois nela, nada é comum.


Um dia , ela recitou:
“Tenho um Sol só meu
Feito de sonho e magia,
De cor amarela
E jeito engraçado:
- Quando é dia
Ele sorri e me espia.
- Quando é noite
Ele dorme e se esfria” (João de Deus).

A cada dia que passa, Eu vejo que realmente tenho um Sol só meu!!

E que o brilho deste sol, vai além do Universo.