sexta-feira, 10 de setembro de 2010

O retorno! parte II



Acordei esta manhã com o barulho da chuva no telhado. Lembrei – me de quando era criança, aprendi que os raios caem e depois e que ouvimos o trovão; Esperava contava e multiplicava por 345, Eu sabia exatamente a quantos metros o raio tinha caído da minha casa. Começava tudo de novo, contava; 1, 2, 3, 4, 5,6 multiplicava por 345.
            Naquela época, ficava olhando pra janela ao longe com medo do raio, e depois que efetuava a continha ficava tranqüila.

Hoje quando acordei de manhã, sabia que dentro de alguns dias ele estaria aqui perto da minha casa novamente. Queria ter uma formula mágica que me mostrasse exatamente onde ele esta, ou onde estaria, quando chegasse aqui. Queria me proteger desse encontro, queria sumir do mundo pra evitar ver aqueles olhos de novo.

Depois de levantar da cama, pensei nos acontecimentos que o traziam aqui. De como iria reagir ao me ver, se ainda tinha aquele sorriso frouxo no canto da boca, se me olharia com a mesma ternura do ultimo dia em que nos vimos. Olho-me no espelho, minhas mão tocam meus lábios e ainda sinto os lábios dele me tocarem, ao lembrar-se de seus braços em torno de meu corpo, sinto um arrepio percorrer minhas costas, me sinto frágil, tonta e então me encontro de novo no banheiro frio em frente ao espelho.

Ontem à tarde voltei da Velha estação de trem, aonde se encontramos algumas vezes, ele com seus sonhos e projetos futuros, me deixava envergonhada por querer uma vida simples ao seu lado, por não almejar coisas tão significantes como as que ele tinha em mente. Ficava horas planejando a nossa casa, carros, viagens, hotéis e luxos sem fim. Eu me sentia tola, sentia todas as delicias do mundo apenas recostada em seus braços ouvindo sua voz sentindo o vento percorrer nosso corpo, sentir o perfume da brisa, sentir o acalento de suas mão em meus cabelos. Queria voltar nesse tempo, sentir de novo o amor que ele teria me dado.

O destino é mesmo traiçoeiro, depois de tanto tempo teremos de se ver de novo. Eu poderia fugir, mas meu coração me faz prisioneiro deste encontro, não me deixa escolha, quando penso em fugir, ele logo se aperta, e sinto um aperto que me escorre pelos olhos, e cai no travesseiro. Deixa marca da algema aonde repousa minha cabeça.

Não quero perguntar nada. Só quero ver os olhos, e se ainda forem os mesmos eles me dirão a resposta!


Continua.......





imagens extraida do site:
http://bluegrassbaobabs.blogspot.com/2008/09/listen-to-pouring-rain-listen-to-it.html

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Selo!

Indicado por:http://cronicasedevaneios.blogspot.com


Bom dia!!!

Não sei bem como funciona, mas pelo que entendi....






1) Colocar a Imagem do Selo no seu Blog.
2) Indicar o Link do Blog Que o Indicou. 
3) Indicar Outros Blogs Para Receber o Selo. 
4) Comentar nos Blogs dos Seus Indicados Sobre os Selos.


Blogs que eu indico:

http://prosacompoesia.blogspot.com/

http://leticiapalmeira.blogspot.com/

http://meudivaenacozinha.blogspot.com/





Thanks Laura, Pelo carinho!!!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O retorno!





Chegou ao seu destino com os olhos cheios de lágrimas. Ao descer do carro, foi direto para o restaurante a beira da estrada e pediu uma cerveja gelada. Sorveu o amargo da cerveja admirando a placa que dava boas vindas aos viajantes.
Sua Vinda, seu retorno. O que de bom poderia trazer. Rever velhos conhecidos, faces mudadas pelo tempo, que lhe reconheceriam e logo em seguida comentariam, sobre sua partida repentina há muitos anos atrás. Por ter deixado os pais e os amigos e nunca ter retornado, por retornar somente agora diante dos acontecimentos recentes.  Por que somente agora voltava. Estava mudado. Alguns o achavam metido a besta, por não ter ficado vivendo naquele mundinho pequeno, por ter ido atrás dos sonhos – coisa estranha entre os moradores desse lugar -. Ali onde as pessoas ficavam a vida toda. Sempre o mesmo ciclo de vida, o mesmo trabalho seguindo a profissão do pai, ou então se casando com uma boa moça e cuidando do próprio negocio, porque com ele não pode ser assim.
 Mais cedo ou mais tarde, reencontrá-la-ia. Cabelos mais brancos ou mais escuros.   Poderia ter pintado para esconder a passagem do tempo. Teria filhos agora. Ou ainda estaria solteira. Sabia lá no fundo que quando a visse, notaria em seus olhos a pergunta cruel: por que não voltou me buscar?
Andou de carro até a rua aonde havia nascido. Reviu as mesmas arvores a mesma cor desbotada dos telhados. Novas crianças brincando pelas ruas como ele já havia feito um dia. Chegando a frente de sua casa um forte dor atacou seu peito e o fez perder o ar por alguns segundos. Desceu do carro com as pernas bambas, se levantou e olhou em ambas as direções procurando por algo que lhe desce força, algo que lhe desce forças para encarar o que viria pela frente.
Sua mãe havia se suicidado em frente ao pai, com um tiro na cabeça. Depois de varias crises de depressão e seguidos internamentos, ela decidiu desistir. Seu pai assistiu a tudo estarrecido. Estático. Entrou em crise, e, já se passaram dois dias ainda esta em estado de alucinação no hospital local.
Havia já alguns anos que o pai lhe pedia que viesse visitar a mãe enferma, mas o filho sempre ocupado com os novos projetos da empresa, nunca podia voltar.
Mandava sempre dinheiro para os medicamentos da mãe. Há três dias antes, falou com ela por telefone, ela apenas perguntou se estava tudo bem com ele, que mal ouviu a pergunta da mãe, e já começou se desculpar pois teria que desligar o telefone para ir a um compromisso que teria com o mais novo Diretor da empresa. Naquele mesmo dia foi demitido do elevado cargo por que o novo diretor prezava por uma empresa familiar e o seu funcionário mais obstinado prezava somente a carreira. Antes de sair da mesa o Diretor fez questão de dizer a ele: - recomece meu rapaz, me parece que você esqueceu quem você era pra personificar essa pessoa amarga que acabo de despedir. Se reencontre, você é Jovem ainda pode ser feliz-.

Continua.....


*foto de Daniel Leite. 2010.

Passeio do sol!






O sol Passeia ao meu lado
Junto comigo, corre em direção ao mar.
As ondas batem contra o corpo
Enfurece
E ele ao meu lado

Vejo o céu, as nuvens
Junto comigo corre
Vem a tormenta
Padece
E ele ao meu lado

Vejo o anjo caído
Amor; Entristesse
E ele ao meu lado

Vejo o muro
 Pulo
Enfraquecê
Mesmo com o sonho ralado
Ele sempre ao meu lado.

( Escrito por P.O.S.L, em 29/03/2006.)


Imagem retirada do site: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://tluk.files.wordpress.com/2009/06/comemorar-o-dia-dos-namorados-sem-gastar-dinheiro.jpg%3Fw%3D212%26h%3D200&imgrefurl=http://tluk.wordpress.com/&usg=__miNxhlbq9bLdWBGlqeyKQQM20jk=&h=200&w=212&sz=10&hl=pt-BR&start=162&zoom=1&tbnid=jn72y6y8x-8S5M:&tbnh=121&tbnw=127&prev=/images%3Fq%3Dnamorados%2Bao%2Bsol%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26rlz%3D1C1GGGE_pt-BRBR395BR395%26biw%3D1024%26bih%3D703%26tbs%3Disch:10,4400&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=665&vpy=424&dur=1263&hovh=160&hovw=169&tx=125&ty=91&ei=SXV_TISWB4GclgfUts25Dg&oei=43R_TIzQGoT68Aae_c1k&esq=7&page=9&ndsp=20&ved=1t:429,r:3,s:162&biw=1024&bih=703

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sobre sonhos e Despedidas.






Acordo de um sonho que na verdade não acordei. Vejo vultos, figuras desbotadas. Olho para os lados e não encontro um lugar que conheça. Tudo é novo: novas ruas; novos endereços; árvores novas em calçadas que nunca vi antes. Olhos para todos os lados, aturdido, e noto logo a minha frente alguma coisa singular nesse mundo de novidades.

Um quarto escuro, sem casa, somente o quarto. Camisetas pretas penduradas em um ventilador. Poeira pelo chão, e uma caixa de sapatos cheia de fitas K-7. Aproximo-me mais, e quando chego muito perto dou de cara com um quadro em uma parede. Mas parece tão real.
Ando por esse lugar e nada conheço. Nada neste lugar me é familiar. Tento procurar uma saída, achar um jeito de voltar pra realidade, e de novo encontro um quadro. Neste há outro quarto. Paredes pintadas, escritos de poemas e caveiras. Há um guarda roupas com uma rosa desenhada na porta. E isso de algum modo reaviva minha memória. Agora acho que já sei pra onde ir.

As coisas desbotadas começam a ficar nítidas, vejo livros, espalhados pelo chão, vejo a felicidade resplandecendo aos poucos em cada sorriso largo; Nome de uma flor que inventei.
Vejo almoços em família, vejo comemorações, vejo cumplicidade. E vejo novas vidas nascerem e junto com elas um brilho que não tem explicação. Um rompante de felicidade que enche o coração, e noutro minuto, eu sei onde estou.

Estou me despedindo de um casal de amigos. Que iniciaram nova vida e me deixaram suas lembranças, mas antes que o sonho acabe eu ainda vejo uma espada fincada. Ela brilha, chego mais perto e vejo que na verdade, não é ela que brilha, mas são dois pontos luminosos que estão ligados por ela.

You gone, but we will always have a bond of friendship, and Francisco to let us together. Thanks!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Across the Universe



Ela me olha, sei que nota cada movimento que eu faço.
Me copia em segredo.
Observa minha boca, meu jeito de falar.

Quando faz algo errado, os olhos se derretem em tristeza.
Mas ela não resiste.
Não, não pode resistir ao ver meu sorriso, ela sempre sorri.


Quando desenha, inventa um mundo com cores e gente estranha.
Maria sangrenta, animais absurdos, casa dos sonhos. Um mundo novo e lindo.
Tem um amor que eu não acredito que seja possível a pessoas comuns.
Pois nela, nada é comum.


Um dia , ela recitou:
“Tenho um Sol só meu
Feito de sonho e magia,
De cor amarela
E jeito engraçado:
- Quando é dia
Ele sorri e me espia.
- Quando é noite
Ele dorme e se esfria” (João de Deus).

A cada dia que passa, Eu vejo que realmente tenho um Sol só meu!!

E que o brilho deste sol, vai além do Universo.

quarta-feira, 17 de março de 2010




Sentado na cadeira desenho o seu rosto envolto em pensamentos.
Embalado pelos sons da vazia noite, vejo seus olhos refletidos em estrelas.
Breguiçes; apenas palavras, que lhe escrive essa noite.

Sons de um mesmo vocabulário, esquecido, envolto em parafina, guaradado no tempo.

Sento na cama ao seu lado e minhas mãos procuram afagar seus cabelos, desenho com a ponta dos dedos a sua boca.

Ensaio algumas vezes um beijo mais ousado, refletindo desejos, mas aos poucos somente o beijo carinhoso de boa noite!

Sono profundo
ono profundo s
no profundo so
o profundo sono
profundo sono...